Ontem, depois de uma tarde de chuva e cinza, que me fez ficar mais por casa a aproveitar as vantagens de voltar a ter internet, resolvi enfrentar a chuva, ir ver a exposição de Mark Seliger umas ruas ao lado e depois ir até uma das muitas bibliotecas espalhadas de Barcelona, fazer-me sócia e perder-me mais umas quantas horas por entre prateleiras de livros. Já no Porto isto era um hábito. Sempre o foi. Desde os dez ou doze anos sou sócia da Biblioteca Florbela Espanca e desde essa idade era capaz de passar horas a percorrer estantes, a folhear livros, a escolher uns tantos para levar comigo.
A característica mantem-se, pelos vistos, independentemente do local.
Há algo nas bibliotecas que me acalma, que me dá conforto. Como se me sentisse aconchegada por todo o conhecimento e por todas as palavras que me circundam. Como se me sentir-me rodeada de tantos livros que ainda não li, tanta coisa que ainda não sei, me enchesse de uma inquietação serena, por ainda serem muitos os caminhos a descobrir.
Ontem cheguei, fiz-me sócia apenas com o B.I. (sem me exigirem comprovativos de moradas ou coisas do género, obrigatórias em Portugal, e que me impediriam de me inscrever aqui já que não tenho qualquer documento que comprove a minha morada), e passei, na hora, a poder usufruir de todos os serviços, entre os quais requisitar livros e dvd's (documentais ou cinema), por períodos de tempo bastante alargados.
E assim lá voltei a casa, à chuva, com dois livros em castelhano e um dvd para ver um destes dias, quando a preguiça faz apetecer ficar por casa...
Quanto ao filme, lembrei-me muito muito das meninas com quem fazia sessões de clássicos. Trouxe o clássico dos clássicos... Adivinhem qual... ;)
2 comentários:
diz qual!!!!
é muito bom imaginar-te em casa no meio de prateleiras de vidros sem qualquer problema de língua! ainda bem que os catalães não são tão burocráticos como nós!;)
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